sábado, novembro 28

então eu me dei conta

do quanto gostava de você.
do quanto gostava do jeito como você come biscoito (congelado); das suas histórias e o seu jeito de falar, exatamente igual a mim: sem parar; e do quanto gostava das mangas dobradas da sua camisa - e entendi por quanto tempo eu ainda queria dançar a canção que soava delas.
é um bocado, eu não saberia calcular.

sexta-feira, novembro 20

minto,

não amo as quatro horas da tarde. amo as cinco. amo (com licença para os pieguismos) assistir o sol começando a se pôr no mar de dentro do ônibus, voltando pra casa. amo meu trabalho. amo o coqueiro que fica na praça aqui perto. amo os sorrisos, os silêncios, as risadas e meus amigos que me esperam todos os dias com uma coleção delas .

amo como as coisas dão tão certo depois de tudo dar tão errado - finalmente percebi que, quando tudo está muito fora do lugar, precisa de uma bagunça pra se reajustar. aliás, pra ficar melhor do que nunca foi. amo o quanto minha vida não poderia estar mais diferente e que eu mal podia esperar há não tantos meses atrás. e amo pensar isso toda vez que chego em casa e abro o portão às cinco horas da tarde.

quarta-feira, novembro 18

hoje cabem

receios, abismos e borboletas amarelas.
cabem ligeiras saudades. cabem as coisas que eu mastigo sem dizer. cabem expectativas, dedos, mãos, sorrisos. todos eles.





cabe até mesmo uma estranha sensação de voltar ao passado e não sentir nenhuma falta dele. estranho estranhar assim. daí me cabe apenas sorrir e pensar que a vida dá voltas.

sábado, novembro 14

também quando

não falo tudo o que gostaria, nasce um espaço no meu peito onde não cabem borboletas amarelas.

quarta-feira, novembro 11

se tudo estiver errado

eu inventei um jeito das coisas erradas darem maravilhosamnte certo.
cruzem os dedos por mim.

terça-feira, novembro 10

e se,

no fundo, tudo estiver errado?

segunda-feira, novembro 2

feriadão

doce e pacato. cheio de saudadezinhas que levaram embora todas as minhas certezas e trouxeram de volta uma só. uma certeza que vem carregada de receios, sorrisos e borboletas amarelas.